sexta-feira, 15 de junho de 2012

Menor perda das florestas mundiais é resultado de queda no desmatamento no Brasil



Queda no desmatamento no Brasil e na Indonésia e reflorestamento na China explicam resultado da perda de florestas do mundo ter caído em 19% em comparação à última década, indica relatório da ONU – Organização das Nações Unidas. Essa é a primeira vez que o índice tem queda em mais de 60 anos. A América do Sul e a África ainda lideram a devastação.

Não se registrava uma queda na perda de cobertura vegetal desde 1946, quando a FAO – Organização de Agricultura e Alimentação integrada a ONU, começou a produzir a Avaliação Global de Recursos Florestais, publicada a cada cinco anos. No mundo inteiro, entre 2000 e 2010, 13 milhões de hectares de florestas foram perdidos, uma área pouco maior que a do Estado do Pará.

Entre 1990 e 2000, o total perdido foi de 16 milhões de hectares, o equivalente a toda a região Centro-Oeste do Brasil. As perdas anuais caíram de 8,3 milhões de hectares para 5,2 milhões. Ainda assim, diz a FAO, o número é "alarmante": o mundo perde o equivalente a uma Costa Rica por ano.

De acordo com o professor Marcos Orlando de Oliveira no curso Reposição Florestal, como conservar recursos naturais com rentabilidade, produzido pelo CPT – Centro de Produções Técnicas, “os sitiantes e fazendeiros interessados em diminuir a degradação florestal podem fazer isso obtendo ganhos financeiros, seja da agricultura ou da pecuária. Uma opção é permitir associar a produção às atividades silviculturais”.

No Brasil, o desmatamento caiu de 2,9 milhões de hectares na década passada para 2,6 milhões nesta década. "Não parece muito por causa do período longo analisado, mas a queda que houve no desmatamento no Brasil de 2005 para cá foi substantiva", elogia os representantes da FAO. A meta brasileira é reduzir o desmatamento amazônico em 80% até 2020. O Brasil também foi o campeão de criação de áreas protegidas nesta década.

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