sábado, 21 de abril de 2012

Alertas de desmatamento na Amazônia verificados pelo DETER somam 388 km² no primeiro trimestre


Nos meses de janeiro, fevereiro e março, 388,13 km² de áreas de alerta de desmatamento e degradação foram identificados pelo DETER, o sistema baseado em imagens de satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) destinado a orientar a fiscalização na Amazônia Legal.
O número representa a soma dos alertas verificados no primeiro trimestre do ano. A distribuição das áreas nos Estados em cada mês é apresentada na tabela a seguir.
Janeiro
Fevereiro
Março
Acre
-
-
0,61 km²
Amazonas
-
-
4,53 km²
Maranhão
2,54 km²
0,70 km²
-
Mato Grosso
8,04 km²
285,46 km²
36,43 km²
Pará
9,89 km²
13,03 km²
8,09 km²
Rondônia
0,56 km²
5,88 km²
5,87 km²
Roraima
-
1,55 km²
4,09 km²
Tocantins
0,86 km²
-
-
TOTAL
21,89 km²
306,62 km²
59,62 km²
Entre novembro e abril, que consiste na época de chuvas na Amazônia e se torna mais difícil a observação por satélites devido à intensidade de nuvens que cobrem a região, o INPE divulga os resultados do DETER agrupados por bimestre, embora o sistema mantenha durante todo o período sua operação regular e o envio dos dados ao Ibama, responsável pela fiscalização. A pedido do Ministério do Meio Ambiente (MMA), desta vez o INPE divulga o dado de março agrupado ao do primeiro bimestre.
Os pontos amarelos indicados nos mapas abaixo mostram a localização dos alertas emitidos pelo DETER. Em rosa, áreas que estiveram cobertas por nuvens no período analisado.
http://www.dpi.inpe.br/thanisse/deter/images/Deter/deter_201201.gif
Mapa de alertas de janeiro, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 85% da Amazônia.
http://www.dpi.inpe.br/thanisse/deter/images/Deter/deter_201202.gif
Mapa de alertas de fevereiro, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 57% da Amazônia.
http://www.dpi.inpe.br/thanisse/deter/images/Deter/deter_201203.gif
Mapa de alertas de março, mês em que a cobertura de nuvens impediu a observação de 55% da Amazônia.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo sistema DETER.
Confira os relatórios mensais completos na página www.obt.inpe.br/deter

Sobre o DETER
Realizado pela Coordenação de Observação da Terra do INPE, o DETER é um serviço de alerta de desmatamento e degradação florestal na Amazônia Legal, com base em dados de satélite de alta frequência de revisita.
Os alertas produzidos pelo DETER servem para orientar a fiscalização e garantir ações eficazes de controle da derrubada da floresta. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama.
O DETER utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens.
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.
Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.

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