sexta-feira, 13 de abril de 2012
CICLO DO CARBONO X DESMATAMENTO E QUEIMADAS
O carbono se apresenta em duas formas: orgânica e inorgânica. A orgânica são os organismos vivos e mortos ainda não decompostos; a inorgânica são as rochas e solos. Portanto, encontramos o carbono nos oceanos, na crosta terrestre (litosfera) e na atmosfera, estando em constante mudança nestes ambientes através de seu ciclo.
Existem dois modelos para o ciclo do carbono: o geológico e o biológico. O modelo geológico apresenta uma estrutura de transição lenta, onde o carbono leva milhares de anos para deslocar-se entre os oceanos, litosfera e atmosfera. O CO2 da atmosfera se combina com a água transformando-se em ácido carbônico, voltando à litosfera em forma de chuva. Ao entrar em contato com o magnésio e cálcio da crosta terrestre, este ácido, através de uma reação química, transforma-se em carbonatos: sais e minerais inorgânicos. Através dos rios e da erosão da terra ocasionada pelas chuvas, estes sais vão para os oceanos e se acumulam em camadas profundas, combinando-se com diversas formas de vida que, ao morrerem, dão origem a rochas sedimentares ou calcárias. Através de ações sísmicas no fundo dos oceanos, estas rochas são incorporadas pelo manto da terra em condições extremas de temperatura e pressão, mudando para o estado de rocha líquida ou lava. Essa lava volta à litosfera através das erupções vulcânicas, que também liberam diversos gases-estufa na atmosfera.
Diferente do geológico, no modelo biológico essa transição é rápida. Os principais agentes do ciclo biológico do carbono são os seres vivos. Através da fotossíntese dos vegetais e respiração dos animais, fungos e bactérias, o carbono realiza o seu ciclo de forma rápida e constante. As plantas absorvem energia solar e CO2, produzindo glicose e liberando oxigênio na atmosfera. Através da respiração dos animais e das plantas e da decomposição orgânica realizada por fungos e bactérias, o CO2 fixado na litosfera retorna rapidamente para a atmosfera.
Portanto, os desmatamentos e as queimadas atuam diretamente no ciclo biológico do carbono, causando desequilíbrio entre a relação dos organismos e intensificando o efeito estufa. Por diminuir o número de plantas que absorvem o CO2 e aumentar a concentração deste gás na atmosfera, estas duas ações predatórias tornam-se uns dos grandes responsáveis pelo aquecimento global. No Brasil, estas duas práticas são culpadas pela diminuição dos créditos de carbono do país.
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